De novo. Faz umas 3 semanas eu fui ao oftalmo porque deu aquela irritação de novo. Na sexta, não vim trabalhar porque meu olho esquerdo chorava sozinho (rerrê), queimava e, gente, luz era o horror. Não dava pra ver tevê, não dava pra olhar pra tela de computador, nem pra ler ou, né?, viver. Essa sexta volto de novo pra ver como está depois de trocar de colírio e de uma semana acordando às 3 e meia pra pingar remédio.
No feriado do 7 de setembro (aqui também foi, Labor Day), fomos ao apartamento pra medir tudo e ver que móveis a gente precisa comprar. Fiz um desenhinho do apartamento com as medidas e recortei os móveis, num papel de outra cor, mais ou menos em escala e fiquei brincando de casinha. Deu pra ter uma idéia de como vai ficar. O apartamento estava um horror. Fora o chão (de taco), que tinha sido lixado e já estava com sinteco novo, tinha roupa do sujeito que morava lá antes, comida nos armários da cozinha e no freezer, paredes bem estragadas por algum vazamento. Algumas janelas não fecham direito e as portas dos armários estão fora do trilho e não dá pra abrir nem fechar. Não sei por que cargas a gente não viu isso quando gostamos tanto do apartamento. Parecia tão-tão lindo. O truque da administradora é fazer a gente assinar o aluguel dizendo que a gente fez inspeção e que está tudo ouquei e pagar um mês de aluguel quando assina. Como a gente resolveu esperar até limparem, consertarem e pintarem tudo, o pessoal ficou de mal com a gente. Fazem bico por e-mail quando a gente diz que quer ir lá dar uma olhada depois de tudo ter sido feito pra poder assinar o contrato.
Já encaixotei todos os livros. Deu umas 8 caixas, nem é tanto. Tem umas 4 sacolas cheias de livros que a gente quer dar/vender pra um sebo, mas chegamos lá no sábado à tarde e voltamos pra trás: tem que marcar hora pra eles poderem olhar o que a gente trouxe e ver se estão mesmo interessados. Pratos, coisaradinha de cozinha, copos, talheres, torradeiras (repare no plural, como se precisássemos de mais de uma), a gente comprou duma brasileira que estava se mudando pra Nova Iorque e de lá pra Coréia, com o marido. Ainda não compramos os móveis, nem televisão. Nem liquidificador. Mas a gente tem uma máquina de fazer suco. Pra fazer uma garrafa de suco de cenoura, por exemplo, em que usar um saco inteiro de cenoura. E a fibra que sobra vai pro lixo. Tenho dó. Muito disperdício. Aí a gente parou de usar. Foi um amor que durou pouco.
Hoje tem espanhol. Tenho que escrever 10 frases com subjuntivo imperfeito. Vou fazer 15, porque a outra parte da lição era escrever o que o personagem que eu inventei, Confessor Perez, um detetive peruano, fez ontem. Só tinha começado a história. Ele estava quase indo pra casa, mas tem que ir com a parceira, Jimenez, investigar um assassinato. Ele não gosta de dirigir. Ele estuda criminalística e vai à academia. Ainda não decidi se ele é/era casado ou comprometido. Pra você ver como eu sou bobinha, assisto programa de reality show e leio livrinhos e começo a escrever bobaginha pra aula de espanhol. Usei até o nome de um detetive da tevê.
Acabou a novelinha do titumiá (né?, da abertura — todo mundo em casa canta essa parte). Ficou tudo jogado e mal explicado no final. Claaaaaro, o Zeca é boa gente, só precisava aprender uma lição. E o filho da diretora da escola? E o guru se dando bem? Por quê, alguém me explique, foi necessário ressuscitar Chico Anysio pra fazer parzinho com o Doutor Abobrinha do Castelo Ratimbum? E a Maya: me incomodou tanto passar a novela inteira meio que torcendo pra mentirosa que sai enganando todo mundo. Opash passando por cima de preconceitos enraizados em nome do amor, de uma hora pra outra. E a história do filho do Raj com a rena do nariz vermelho? Mas JC é grande e a novela acabou e agora começou um novo mundo de riqueza, luxo e bossa nova se descortina para nós.
P.S. Caramba, minha ortografia tá uma vergonha.