Arquivo | março, 2007

Raivinha

29 mar
Tô com muita raivinha. Fiz treinamento para dar aulas de inglês para imigrantes, refugiados e asilados e tava toda contente porque, né?, eu gosto de dar aulas e ia conhecer pessoas bacanas de países diferentes no lugar de voluntariado que também parece bem bacana. Aí que o pessoal lá não prestou atenção e não viu que eu já dei aulas na vida por uns anos, que tenho certificados x e y e acabei tendo que dividir uma turma com outro voluntário que também é professor. Que é daqui e também tem um certificado w. Geralmente eles colocam um professor (leia-se alguém que já foi assistente lá) com um assistente (alguém que nunca na vida deu aulas).

Marquei de encontrar o cidadão para planejarmos a primeira aula. A gente nunca tinha se visto na vida, então ele se descreveu como nem gordo nem magro, com cabelo comprido num rabo de cavalo e jaqueta verde e branca e camisa amarela. Ouquei, imaginei logo um cabelo comprido, né?, tipo comprido. Mas era só um mullet sem-vergonha preso com elástico. A jaqueta era do México, porque ele gosta do México muito de verdade. Ele usa um lanyard que também diz México. Ele faz aula de espanhol. O nosso grupo é de alunos que só sabem nada ou bem pouquinho de inglês, então a gente tem que começar bem do comecinho. Lá do alfabeto. The alphabet. Esse tio nunca deu aula para iniciantes, tava todo nervoso, porque, Jesus-Maria-José, o que fazer? E anotou lá no papelzinho dele “the alfabet“. Esse foi o primeiro erro de ortografia, entre muitos. Não que eu saiba tudo e saiba mais inglês que o próprio homem nativo, mãs… fiquei incrível? Então marque aí o primeiro ponto negativo (1). Na hora pensei, tadinho, tá confundindo espanhol com inglês. Normal. Eu fui explicando algumas idéias e ele marcando o material: cartões. Você precisa de cartões? Eu posso pegar no escritório, em casa. Eu pensando, “gentê, quando eu digo cartão, tô pensando no papel sulfite que eu vou cortar com estilete e em que vou escrever com canetinha”.

(B. disse que eu sou negativa. Ontem, antes de mandar o plano de aula pro tio, eu disse pro B. que achava que ele não ia concordar, que ele ia querer discutir. Ouquei, concordei, porque eu sou negativa mesmo. Eu acho que sempre vai dar errado se houver chance de dar errado.)

Aí mandei por e-mail o plano de aulas, com comentários e muitos detalhes, porque é preciso dar detalhes. Explicar todos os tintins. Coisas que a gente tem na cabeça quando faz plano de aula, mas quando é pra mostrar pra alguém tem que escrever. Botei tudo lá. Objetivo, inteligências usadas, tempo, materiais pra trazer, possíveis problemas e soluções. Coloquei até explicações – por que eu achava que tinha que ter aquela atividade naquele momento, muitos, muitos detalhes. Enfim. Vou resumir aqui como resumi para G., que estou cansada da raivinha já.

Então vou retomar do ponto número 1. -1.

  1. o tio não sabe ortografia. Porque alfabet foi o primeiro de muitos errinhos feios que ele fez. Mas, ouquei, vamos perdoar, porque é normal e humano errar. Eu, por exemplo, não sei se esse tio vai “brochar” ou “broxar”, depois da praga que eu vou colocar, mas suspeito que não vá fazer diferença. Sério agora. Compreendo. Ninguém domina nenhuma língua, etc.
  2. o tio acha que a gente não tem que ensinar gramática. Acho que ele vê minha insistência em ensinar noções de gramática (por exemplo, pronomes pessoais) como não querer ensinar as pessoas a se comunicarem – se fazerem entender e entenderem outras pessoas – que é o objetivo das aulas. Porque as aulas não são formais.
  3. o tio acha que eu insisto com as minhas idéias porque he doesn’t know how I taught in Brazil, but here it is different.
  4. o tio criticou meu sotaque (que não é dos piores, dos mais fortes ou identificáveis, mas não vem ao caso), dizendo que meu inglês é bom, mas não é assim que a gente fala aqui – o que contraria total a idéia de que estamos lá para ensinar as pessoas a se comunicarem bem. Ponto.
  5. finalmente, depois de toda uma discussão sobre qual é o objetivo das aulas e sobre o que deve ou não ser ensinado, descobrimos que temos 5 alunos, ao que ele diz: acho que 5 alunos não pedem 2 professores. Vamos ver.

Pode ser que eu esteja tentando impor minhas opiniões e meu estilo de dar aulas. Mas também é verdade que eu me propus a fazer o plano de aulas e ele não reclamou, porque ele não tem tempo. Tô ficando muito louca ou ele acha que porque eu não sou daqui eu não sou qualificada suficiente? Ai, gentê, caguei. Se não foi pra ser divertido, vou fazer arquivo de atividades lá. Não careço.

21 mar

Dias de mulherzinha

20 mar
Gentê, eu sou uma pessoa fácil. Eu sempre vou ao cabeleireiro e digo que eu confio totalmente neles e que eles podem fazer o que eles quiserem, que eu não vou bitch about maus resultados, porque, afinal, cabelo cresce. E, no meu caso, cabelo cresce me-ma. Muito rápido. Num dia estou com cabelo super curto, no seguinte parece que estou usando peruca.
Daí eu fui no centro de compras, onde o B. corta o cabelo a menos de 13 dólares (tip not included). Uma semana depois de ter chegado eu cortei o cabelo lá. Ficou ruim, mas, enfim, fiel ao meu jeitinho meigo e cheiroso, não reclamei. Porque, como você sabe, cabelo cresce. Ai eu fui pra Arizona e ganhei um corte de cabelo de B’ (sendo B’ a irmã de B). Não que ela mesma tenha cortado meu cabelo, mas ela me deu de Natal uma ida ao salão a que ela vai e o meu fauxhawk ficou lindo de novo. Enfim. Eu fui bobinha e fui no lugar ruim de novo. E foi a segunda vez que eu chorei por causa de cabelo. A primeira tendo sido quando cortaram uma franja que eu realmente não queria, quando eu tinha uns 11 anos e usava óculos de acrílico vermelho.

Mas dessa vez a coisa foi muito feia. Primeiro que a moça não tinha idéia do que fosse o corte. “Mas hein?, nunca ouvi falar”. Ela não conseguia nem repetir o nome. Eu expliquei – para crianças. Olha, é um falso moicano. Quando eu quiser usar o cabelo normal, ouquei. Quando eu quiser passar pomada e arrepiar os cabelos mais no meinho da cabeça, vai parecer moicano. Conforme encontrado no Urban Dictionary. Ouquei. Ela fez que entendeu. Molhou meu cabelo com spray, o quanto tinha, e não tinha muita água lá não. Ficou cabelo com espirro por cima. Aí mui-to-len-ta-men-te ela começou a cortar o mullet que se formara na minha nuca após 3 meses deixando o cabelo crescer por medo de ir novamente lá. Porque você sabe, errar uma vez é umano (sem agá), etc. “Megan!”, ela gritou. E novamente “Megan!”. Ela veio. Por sua vez, Megan tinha o cabelo oxigenado, o que muito, muito me assustou. Megan fez que ensinava a moça o corte, tirando assim, te juro, uma partezinha branca de unha no comprimento e eu explicando, por favor, eu cortei faz três meses, três!, não faz uma semana, correspondente ao branquinho da unha. A moça passou a cortar o branquinho da unha. E eu falando, moça, moça, por favor, eu sou boazinha, eu uso cabelo curto, eu não estou mentindo. Pode cortar, não tenha medo, olha, se pudesse eu até seguraria sua mão, mas você precisa das duas pra poder segurar o pente e a tesoura concomitantemente.

Pânico. Ela não queria mais nem cortar a unhinha, ficou confusa porque eu disse que ela podia cortar mais. Aparentemente, não existem mulheres/mocinhas que querem realmente perder mais que o branquinho da unha no comprimento. Uma terceira moça veio em socorro. Ela também tinha o cabelo oxigenado. Assustei de novo. De onde eu vim, pessoas com senso de estilo usam cabelo do Soho. Pintam a ponta de roxo, fazem cortes assimétricos, usam navalha pra “dar movimento e leveza”. Essa moça não tinha estilo. Eu expliquei de novo. Ela repetiu. Megan chegou junto e ficou olhando muito estarrecida. E pedindo conselho. “Olha, eu passei Blondor no cabelo da cliente, mas fiquei com medo de passar muito e o cabelo cair. E agora o que eu faço?”. Eu aguentando calada, porque eu sou a boazinha-meiguinha que confia que quem é cabeleireiro é porque aprendeu o ofício em algum lugar, preferencialmente não em casa, por correio.

A nova oxigenada dizendo que “tudo bem, esse corte é difícil, relaxa, não é sua culpa”, para a primeira mocinha. Megan então disse: “Uau, olhando assim de lado, ficou awesome!” Sim, de lado. Porque de frente:

Menos a monocelha. Porque alguma decência ainda tenho e eu tiro com pinça. Eu totalmente engoli o choro. Porque a versão fauxhawk delas me dá um look meninha tongolina de 8 anos que pediu pro barbeiro do Monteiro Lobato no início do século retrasado cortar o meu cabelo – na época em que era super in ter cabelo de soldado japonês.

Cheguei em casa, o B. veio mexer, não falou nada. Eu comecei a reclamar, dizendo “Não é que eu não tenha gostado. Eu não gostei da primeira vez. Dessa vez eu odiei, odiei”. Lágrimas incontidas. Bico. As moças oxigenadas unidas conseguiram me fazer não só parecer uma tongolina de 8 anos, mas também a agir como uma. Fui pro quarto. Não saí mais. Todo mundo lá fora em volta da fogueira no quintal, bebendo no dia de São Patrício, eu comendo Méqui no quarto. Assistindo filme da Sandra Bullock in rehab. Chorando. Todo mundo foi pro bar-casinha. Eu fiquei. No quarto. Assistindo filme da filha da Goldie Hawn, com 3 sobrinhos herdados da irmã mais velha com quem ela mantinha um vínculo afetivo muito forte por causa da uma música dos anos 80? Fui tomar banho, de novo, para lavar o cabelo e apreciar melhor, no espelho, o cocô da minha cabeça sem a pomada que a moça tinha passado na tragédia que ela criara. Chorei mais. Igual em filme. A pessoa escorregando pela parede, no banheiro, etc. Sem escorregar porque é banheira e a parede tem um degrauzinho.

Claro que tudo pode ter sido somente fruto de descontrole emocional porque, né, essa é a semana em que estou off-hormones.Enfim, blábláblá, terei uma sucessão de mais ou menos uns… 90 dias de bad hair day. Então, cuidado comigo.

Sonhos

15 mar
Todo dia quando acordo (o mais certo seria dizer “toda tarde”), eu lembro do que estava sonhando. Às vezes acordo de madrugada, para um No. 1, e interrompo o sonho, volto pra cama, e continuo sonhando a mesma história. Eu tenho que contar o sonho pro B. logo que acordo, se não eu esqueço durante o dia. Mas ele já está de saco cheio dos meus sonhos porque eles são sonhos bocós. sem pé nem cabeça, e quando ele acorda, ele só quer tomar banho e ler notícias no sítio da BBC. Então pensei que em ter minha própria lanterninha e o caderno que a mãe do B. me deu de Natal (ou melhor, que o Papai Noel deixou na minha meia – porque eu tinha uma meia toda minha com meu nome) e caneta pra poder escrever embaixo da coberta, igual menininha de filme. Mas não ia funcionar, porque B. estari sob a mesma coberta.

Ontem, por exemplo, sonhei que tinha um bicho no meu olho bom (o que não é o olho Rocky, que dói e chora sozinho quando o tempo está muito seco). Eu olhava pro bicho com o canto do olho, no espelho. E só eu conseguia ver e tirar o bicho do meu olho.

Eu, que não creio, lembrei de Mateus 7, 3 e 4. Enfim, bobeirinha.

Ãin, que mais? O tempo, né? Essa semana fez calorzinho, mas o fim-de-semana vai ser de chuva e frio e talvez neve. Não aguento mais! Não aguento mais. Neve é bonitinho quando você nunca viu na vida, e sai correndo abestalhada pras botas fazerem chuchi-chuchi e lambe neve que caiu na sua cara, etc., todas essas coisas que gente bobinha faz (vide Paula – Paula, eu sou bobinha também, mmmkay?), mas chega que cansa. Não quero mais frio, não quero. B. disse que depois eu vou pedir pelamô, porque vai fazer um calor da pourra e vai ter bichos pra picar a gente em todos os lugares.

Num outro sonho eu estava de All Star e tinha uma festa na casa onde eu cresci. Na cozinha, estava meu irmão mais velho. Em cima da máquina de lavar louça que tinha lá (uma bem velhona e grandona), tinha um aquário com 3 peixinhos beta (que não podem morar no mesmo aquário, porque eles brigam e se matam). Um dos peixinhos já estava de barriga pra cima, pronto pra morrer. Pinguei um remédio na água e ficou meio azul, meio vermelha. Quando voltei, meu irmão tinha tirado metada da água do aquário. Não! Não pode!, eu disse, porque o remédio ia ficar muito forte e os peixinhos iam morrer.

Dos diários secretos

12 mar

Quarta-feira, Novembro 29, 2006

Vida de banheiro (e outras coisinhas)

Eu sempre fui uma pessoa preguiçosa, mas eu nunca pensei que partes do corpo humano pudessem ser preguiçosas também. Por exemplo, você nunca ouviu falar de perna preguiçosa, ou unha do dedo mindinho preguiçosa. Eu tenho c* preguiçoso. Primeiro, eu pensei que fosse por causa da viagem. Que a constância das idas ao banheiro para o No. 2 (ou vários) de cada dia estivesse intimamente ligada com o fato de eu ter ido

do ponto A (São Paulo) ——–> para o ponto B (Nova Iorque) ——-> para o ponto C (onde me encontro)

ou com o fato de haver muitas pessoas “estranhas” usando o mesmo banheiro. Ninguém nunca quer deixar o banheiro cheirando a flores para uma pessoa estranha entrar em seguida, muito menos se a pessoa não for estranha, e se essa pessoa não estranha for o B.

Enfim. É muita luta. São muitos gases. E agora já estamos na fase em que se pode soltar puns na frente um do outro, embora eu ache que eu deveria ter seguido os conselhos da mamãe, segundo quem isso corta totalmente o romantismo da coisa toda e é o começo do fim. Eu não deveria ter deixado o B. soltar o primeiro pum na minha frente. Foi um erro, mãe. Mas o primeiro pum dele foi somente a desculpa que eu precisava para soltar o *meu* primeiro pum. A que vários se seguiram, porque a coisa, mãe, estava feia.

Depois de 3 semanas lutando, em vão (ou quase), contra a preguiça do meu c*, resolvi fazer um tratamento de choque que surtiu efeitos. Desde ontem eu comi meio pote de aveia – o que deve dar uns… 300 gramas, uma laranja gigante da Califórnia que custou 60 centavos de dólar (!!!!!!) e muitos legumes com a polenta que eu fiz ontem.

Consegui. Sucesso, pessoal! Foram dois Nos. 2 sensacionais! Sério, se eu fosse um bicho sendo empalhado, eu acho que metade do trabalho já teria sido feito. Foi uma coisa assustadora, mas reconfortante. Viva a aveia!

Ah, sabe ACME? Do desenho do Papa-léguas e do Coiote? ACME, que faz bombas, e todo tipo de coisa que explode coiotes e papa-léguas? Pois é. Eu achava que ACME era só o laboratório do desenho animado, mas é um mercado também.

É só isso, por enquanto. Depois eu conto da visita ao aquário e vou pensar em outras coisas para contar.

Dos diários secretos

7 mar

Quinta-feira, Outubro 26, 2006

No avião, comigo, estava o Milton Nascimento. Mas ele estava na parte do avião de gente rica, e eu na de pobrinhos. Rá. O homem que sentou do meu lado queria puxar conversa, mas eu não quis papo. Eu comi a janta de avião. Estava muito boa. Peito de frango, com ervas, cenoura e vagem. Também vinha pão com manteiga e cream cheese.

Cheguei bem cedinho (tipo antes das 6) no aeroporto e passar pela imigração foi fácil. O hominho nunca tinha visto um visto que nem o meu e foi super bonzinho. Ele até me deu uma autorização de trabalho, que é válida pelos 3 meses do visto. Na prática, ela não vale de muita coisa porque, justamente, só vale por 3 meses – e quem quer contratar alguém por 3 meses? Eu tive que ir pra uma outra salinha e ele me acompanhou e disse pro outro hominho que “It is a looooooove connection“, bem engraçadinho praquela hora da manhã. O Milton Nascimento estava na minha frente na fila. E ele se veste muito mal. Um sapato meio cor de laranja, sabe? e a calça clara caindo pro chão. Ele teve que lamber os dedos pra digital dele sair na máquina. Milton Nascimento tem dedos secos. Eles tiram nossas impressões digitais e uma foto.

Aí eu peguei minhas malas e fui encontrar o B. Tive que esperar um pouco, porque ele pegou trânsito! e não chegou na hora. Aí a gente foi tomar café da manhã. Eu comi French toasts, tipo rabanada, com banana e morango e ovos mexidos. E tomei café. Que é igual ao de filme mesmo. Vem numa xicrona e é bem fraco. Aqui em casa, o café é feito em cafeteira elétrica e é desse jeito também. A gente não pode fumar nos restaurantes e bares de Nova Iorque. O maço de Marlboro lá custa mais que 7 dólares!. E muitos mais !!!!!!!!!!!!!!!!! pontos de exclamação.

Aí fomos pro hotel. Tenho algumas fotos na máquina, mas não sei onde está o cabo USB pra poder pegar as fotos. O hotel era bem do lado das torres gêmeas e eles já estão construindo novos prédios no lugar. Mas a obra ainda está bem no comecinho, na fundação. A gente ficou no 41º aindar. O elevador ia tão rápido, que o ouvido entupia, que nem quando a gente desce a serra pra ir pra praia. Não deve ser saudável ficar subindo e descendo de elevador desse jeito.

Fomos almoçar. Eu não sei os nomes dos lugares por onde a gente andou. Só sei que eu achei um restaurantezinho japonês super baratinho – por acidente – que vendia sushis com 50% de desconto. A gente pediu 3 rolos de sushi e uma salada (temperada com missô), e um missoshiro. Ficamos andando por ali e meu pé fez bolha. Nas botas peludas quentinhas. Então a gente foi num café e eu remendei os calcanhares e tomamos café e vinho. E depois a gente só ficou andando de bar em bar, bebericando. Fomos a um barzinho super simpático com jazz ao vivo.

No domingo, a gente só foi almoçar. Eu ia comprar um relógio farso na Canal Street (que é a 25 de Março daqui), mas achei que já que aqui o relógio nem é tão caro, não valia gastar dinheiro, por menos que fosse, num treco que ia pifar em 3 semanas.

E viemos pra casa. Eu fiquei super tímida, porque vocês sabem como eu sou tímida. E não consegui falar com ninguém direito. Fui dormir cedo porque fiquei meio doente – com tosse e espirrando e com o nariz um pouco entupido. Está frio pra caceta. Tipo uns 10ºC. Mas o maior problema era não ter feito Nº. 2 por 3 dias, porque meu c* fica inibido quando eu viajo. Mas tudo se resolveu porque na segunda-feira, te juro, passei uns 20 minutos fazendo No. 2.

Na segunda-feira eu fiz jantar. Fiz polenta com molho bolonhesa. Na terça… a gente pediu pizza, que nem é tão ruim assim, considerando que não tem forno à lenha. Ontem a gente foi pra cidade mesmo, a um restaurante árabe que foi muito bom. Depois fomos a um bar e o J. e a namorada dele – que ele não chama de namorada, porque ele não quer namoro sério – foram encontrar a gente. Na volta, eu vim de carro com o J. pra fazer um soci e nós paramos no bar daqui de perto pra tomar Cuba Libre.